Já moro sozinha há alguns meses. Já me acostumei com o silêncio, com o aumento da bagunça, com a louça que sempre é minha, com a chave-reserva sempre em cima da estante, com a ausência de alguém pra comentar sobre a música que tá tocando.
Esse fim de semana Tory veio pra cá, fuga relâmpago de São Paulo só pra mudar de ares e com passagem de volta já comprada, porque as pessoas agora são gente grande e trabalham. Adoro receber pessoas aqui, mas como a maioria dos meus amigos mora em Natal, visitas não são uma constante.
Enfim. Conversamos um bocado sobre sair de casa, mudar de cidade, morar com pessoas e tudo o mais. Ela tá se organizando pra mudar com mais 2 amigas e passando por todas as coisas chatas de procurar apartamento com preço razoável e boa localização (o que, considerando o fator São Paulo da coisa, me pareceu ser um martírio).
Conversa vai e vem, fico pensando que, sim, seria legal morar com alguém bacana de novo. Voltar a fazer as refeições à mesa, ao invés de assistindo seriado ou clipes na MTV. Ter com quem conversar coisas bobas do dia, sobretudo se fosse alguém fora do curso, porque falar de Medicina 24/7 não me parece uma opção tão válida. Talvez eu só precisasse me empenhar em conhecer mais gente aqui e descobrir contatos de gente que precisa de um apartamento. (Às vezes queria que a sociabilidade e a tagarelice dos meus pais tivesse vindo como herança genética.)
Enquanto isso não acontece, movida por uma leve solidão e por uma vontade de conhecer gente nova (me bate às vezes, apesar da timidez constante), me candidatei pra receber uma das tunisianas que vão chegar essa semana para os intercâmbios da faculdade. Espero que dê certo. De qualquer forma, arrumar a bagunça do quarto vazio (que virou semi-despejo) não mata ninguém.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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