Voltar de férias e, ante a paisagem, lembrar de um episódio de The Big Bang Theory em que o Sheldon pergunta à Penny como ela pode ter certeza de que não foi furtada (dada a bagunça em que o apartamento se encontra) não é muito confortante.
É aquela repetição de sempre, na ponta aérea Natal-Curitiba. Um abandono de apartamento na saída, o choque de se deparar com a bagunça quando se chega. Mas dá pra sobreviver; devagar e sempre. Uma louça lavada aqui, um banheiro tornado usável ali, uma lista de compras que vai sendo construída à medida que o sabão vai acabando depois de tantos ciclos de lavar lençóis e toalhas, que você encontra panos de prato que precisam ir pro lixo, que você vê o vazio que toma conta da geladeira, que seu estoque de fibras já passou há tempos da data de validade. Somando-se a isso a caixa de correio repleta de contas atrasadas que precisam ser pagas e os papéis de aplicação pro intercâmbio que precisam ser providenciados.
Pernas doendo, cansaço, tudo amplificado pelo sedentarismo e pelo calor de trinta e tantos graus, sem falar na descoberta de que a diarista que poderia dar uma mão resolveu na verdade dar um calote em vários moradores do prédio e ficar incontactável.
Mas daqui a uns dias, o apartamento volta a ser salubremente habitável. Um pouco por dia, ele vai voltando a ser o lugar confortável para onde voltar no fim do dia cansativo. Assim espero.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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